sábado, 8 de outubro de 2011

Tony Hawk no Brasil


Tony Hawk exclusivo: lenda do skate fala de Brasil, carreira e videogame

Longe desde 1987, americano retorna ao país e se depara com uma nova realidade. Aos 43 anos, ele descarta competições: 'Não penso em voltar'

Por Breno DinesSão Paulo
  
 Com apenas 16 anos de idade, Tony Hawk já era considerado o número 1 do mundo. Ao longo da carreira, o pioneirismo na execução de manobras "impossíveis" lhe renderam 12 títulos mundiais e o status de melhor skatista da história. Por tudo isso que, nesta sexta-feira, a garotada ficou emocionada no ginásio do Ibirapuera ao ver pela primeira vez a lenda viva das quatro rodinhas e estrela dos videogames, que depois de 24 anos está de volta ao Brasil para participar do Pro Rad. O festival terá transmissão ao vivo da TV Globo no domingo, dentro do Esporte Espetacular.
Mas por que ele ficou tanto tempo sem nos visitar?
- Não vim antes porque não recebi um convite para voltar (risos). Está tudo muito diferente daquela época, principalmente o skate no Brasil, que hoje é uma grande potência do esporte - explicou Hawk.
Em uma entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, o americano, de 43 anos anos e pai de quatro filhos, falou sobre o retorno ao Brasil, o crescimento do esporte no país, o sucesso dos brasileiros no exterior e, entre outros assuntos, se pretende voltar a competir. Confira esse bate-papo com o rei do half-pipe:
Tony Hawk skate sandro dias (Foto: Divulgação/Pablo Vaz)Tony Hawk voa para fazer a alegria da garotada no ginásio do Ibirapuera (Foto: Divulgação/Pablo Vaz)
GLOBOESPORTE.COM: O que você se lembra da primeira visita em 1987?
- Infelizmente, fiquei doente nos primeiros dias. Mas melhorei, pude fazer uma pequena turnê e conheci pessoas e lugares muito legais. O skate não era tão desenvolvido aqui naquela época e pude ver que todos ficaram muito impressionados.
Tony Hawk skate sandro dias (Foto: Divulgação/Pablo Vaz)Hawk e Mineirinho farão um exibição no domingo
(Foto: Divulgação/Pablo Vaz)
Como está o skate no Brasil agora?
- Ele se transformou em algo muito grande. As marcas passaram a investir, o esporte se popularizou e hoje a situação é outra. O país cresceu economicamente, profissionalmente e se transformou numa potência do skate, com grandes eventos para a base, o que ajuda no surgimento de novos talentos.
Por que você acha que o skate caiu nas graças dos brasileiros?
- Acho que vocês têm uma cultura muito forte no surfe, como nós temos nos EUA. Moro em San Diego, na Califórnia, e lá também é assim. Comecei a surfar aos oito anos. Só depois fui andar de skate. Pratico os dois até hoje, mas no skate encontrei algo especial. Hoje posso falar que amo andar de skate.
Essa nova tecnologia trouxe novos praticantes do mundo virtual para o real. Tenho muito orgulho disso. Fez sucesso e hoje já são 12 jogos de videogame com o meu nome.
Tony Hawk
Qual a sua relação com os dois grandes campeões brasileiros, Bob Burnquist e Sandro Dias, o Mineirinho?
- Aprecio muito a habilidade dos dois. São grandes skatistas. Tenho andado com o Mineirinho nos últimos cinco anos. Está cada vez melhor. Já o Bob, que também mora na Califórnia, sempre que dá eu apareço para fazer um visita e saltar na Megarrampa dele.
A Megarrampa está se transformando na principal modalidade do skate atual?
- Acho fascinante. Todo mundo andando no limite e executando manobras incríveis numa velocidade absurda. Mas não quero me arriscar e correr o risco de não poder andar mais de skate. Mas acho que o esporte tem muito a crescer com os Big Airs.
Em 1999, você se tornou ainda mais popular com a criação do jogo de videogame que leva o seu nome. Qual a importância disso para você?
- Essa nova tecnologia trouxe novos praticantes do mundo virtual para o real. Tenho muito orgulho disso. Fez sucesso e hoje já são 12 jogos de videogame com o meu nome. Ano que vem devemos lançar outro. Isso está ajudando no reconhecimento do esporte.
Tony Hawk e Sandro Dias (Foto: Breno Dines / Globoesporte.com)Hawk disputa partida do Tony Hawk Pride durante a gravação de uma matéria para o Globo Esporte 
(Foto: Breno Dines / Globoesporte.com)
Você foi o primeiro skatista a completar o 900º (manobra de dois giros e meio). Você acha que é possível ir além?
- Acho que sim. Alguém ainda vai conseguir completar um 1080. Temos uma nova geração de bons talentos. Com o tempo, manobras consideradas impossíveis se tornarão realidade.
Você ainda pensa em voltar a competir?
- Tenho parcipado de alguns eventos, mas não penso em voltar a me focar em competições. Gosto de arriscar novas manobras e continuar andando de skate. Tenho a minha fundação e financiamos projetos de pistas de skate em áreas de baixa renda nos EUA. Atendemos mais de 3 milhões de jovens por ano, oferecendo um lugar seguro para eles se divertirem.
 Fonte http://globoesporte.globo.com

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